19.9.09

Sobre diferenças...



A vida, mesmo que essa idéia por vezes não nos signifique mais ou menos, é feita de diversidades. É fato, a diversidade acaba por tornar mais variada, e por isso interessante, nossas relações e existências. Sempre que falamos nas diversidade que compõem a existência, nos afloram mais as idéias de raça, religião, política. A diversidade não deveria incomodar; ter-se, entre amigos e amores, a pluralidade deveria ser auspicioso. Mas e quando você morreria para defender suas idéias, e elas são o oposto inconciliável à idéia de outrem, sejam amigos e amores?

Parecendo fatalista, eu sempre me ponho esta pergunta, esta questão. Há quem eu ame, mas, se em guerra – mais fatalista ainda, tivéssemos que defender nossas idéias, ou se nossas idéias de visão de mundo, ao fim desta guerra tivesses que prevalecer, certamente eu estaria em trincheiras diferentes e apontaria minha arma para este amor, amado e diferente.


6.9.09

Sobre justiça e generosidade...

Até bem pouco tempo eu entendia generosidade, se não como sinônimo, como conseqüência da justiça. Talvez justiça seja uma palavra grossa! O fato é que jamais percebi generosidade e justiça como antagônicas, ou mesmo distanciadas. Nada mais normal que encontrar Justiça nos generosos ou generosidade nos justos. Mas não é assim; os justos, quase sempre, abdicam da generosidade por acha-la demasiada na medida da justiça. Já os generosos simplesmente se esquecem de serem justos.

No fim, mesmo se ainda estou distante dele, eu prefiro a Justiça. Prefiro ser surrado pelo egoísmo mesquinho altrui que agraciado com a injustiça.

Entendo a justiça como sento necessidade de todos e dever da maioria; já a generosidade basta ao generoso consciente de sua bondade. A generosidade serve para cobrar, para dizer que se tem e que se dá; a justiça é base do ser. não tenho justiça, sou justo!

Tenho convivido com muitas pessoas generosas, e mais ainda percebo o quanto elas, em suas torres de marfim, olham para o mundo como uma seara necessitada de mais generosidade. Ao pomposo generoso, pois o generoso não muito justo é sempre pomposo e dado às ribaltas, a justiça se confunde com seu gesto. Parece-lhes que sua paga deve ser justa, que justo é seu ato.