26.7.10

Sobre pequenas grandes coisas...

A falta de movimento prediz a morte, o estático é maldição para o que pulsa em vida; e, depois de constatar essa lei universal, percebo que estou vivo e em constante movimento, constato que rumo, me dirijo sempre a alguma parte, em busca de algo, perto dalguéns... o mover-me, hoje, me esta bastando... valorizo a alegria da pequenez, pois alegria são coisas pequenas para as quais damos grandes importâncias.

Não recordo de ter, em anos escrevendo por estas bandas, querer tanto dizer do pequeno que grande faço... mas, depois de sentir a leveza do mundo, pois leve nos faz o amor, sobre as costas, e com o músculo cardíaco não se contendo por achar-se preso na caixa torácica, aliviado como o viandante que encontra pouso, cá estou para relacionar o pequeno (que grande faço) que tanta saudade comporta:

1 – Adoro comer o miolo do pão que ela não come;

2 – Amo seu riso aberto e seu coração escancarado;

3 – O prazer do café-com-leite com pão do líder, manteiga aviação e a sua companhia;

4 – Nosso passeio puxando (e puxados) o Nestor que insiste em fazer o terceiro cocô;

5 – Nossas idas a Benevides com cabelos esvoaçantes ou curtindo o ar condicionado em um dia quente (e a parada pra comprar na Japonesa);

6 – Nossas partidas de canastra, principalmente as que eu ganho rss (coisa que acontece bem pouco);

7 – Nossa não vontade de sair (e a improvisada massa, e vinho, e tudo o que isso comporta, independente da ordem);

8 – Vatapá com pimenta e farinha de Bragança;

9 – Nossos papos longos e interrompidos, sem finais, mas com muito significado...

A felicidade pode ser feita de coisas realmente pequena...

P.S.: Não vou passar de nove, por que 10 deixa de ser pequeno...