Penso que viver, e pra isso uso a imagem cristã da vida em abundância, seja essencialmente uma questão de competência. Vivem, em/com abundância, os mais competentes, os mais aptos a arcar com suas escolhas e mais sagazes (pensei em usar sábio ao invés de sagaz, mas seria demasiado cristão) na louca e necessária tarefa de eleger prioridades.
Acabo por resumir a competência de viver, na sagacidade de bem escolher. Bem escolher, no viver odierno independe de moral, depende sim de antecipar-se o por vir, as conseqüência da escolha e arcar com essas conseqüência, pro bem, ou pro mal. Vejo quem, por incompetência, imputa a outros as conseqüências de suas escolhas... ora foi o azar, esse vilão invisível, mas ímpio por natureza; ora será a inveja de fulano ou a escolha de outros... Mesmo se não descosidero por inteiro a influência altrui em nossas escolhas particulares.
Acabo por resumir a competência de viver, na sagacidade de bem escolher. Bem escolher, no viver odierno independe de moral, depende sim de antecipar-se o por vir, as conseqüência da escolha e arcar com essas conseqüência, pro bem, ou pro mal. Vejo quem, por incompetência, imputa a outros as conseqüências de suas escolhas... ora foi o azar, esse vilão invisível, mas ímpio por natureza; ora será a inveja de fulano ou a escolha de outros... Mesmo se não descosidero por inteiro a influência altrui em nossas escolhas particulares.
E tem os que atribuem ao além, ao mágico, ao fantástico, suas escolhas: se foram bem sucedidas, graças a deus, se deu errado, foi falta de fé, foi o diabo, ou foram os outros: desses, que mesmo incompetentes na arte de viver, tendem a sofrer menos, mesmo se vivem um vazio de realização humana em oposição à superposição das mãos do divino em suas vidas, confesso ter uma inveja passageira... mas é bem passageira essa inveja... pois eu, mesmo incompetente, adoro me vangloriar e bem valorizar minhas conquistas, coisa que meus amigos cheios de fé, jamais o farão.
Pus-me a pensar sobre a competência de viver unicamente para entender minhas falhas sem fazer uso da minha já cansada auto-compaixão. Larguei tudo sem um plano bem definido, sigo uma estrada que não faço idéia do tamanho, alio-me a quem não me pode vir em auxílio, quero o que não está-me ao alcance, sonho com o impossível... ou seja, demonstro minha inépcia a cada respiro.
E você, amigo de agora, em que medida sua inabilidade em viver se demonstra em suas escolhas... é possível reestruturar em vida às margens da falência e conseguir uma certificação ISO 1405 de bem viver... neste caso tenho só perguntas reticentes que nem pontos de interrogação merecem.
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Escreve ai vai!!!