Mas há o dia em que o espelho se embaça com nosso respirar triste, nosso cabelo resolve fazer parte do cast de Mad Max; o sol traz desconforto e as flores, se desabrocharem, nos faz espirrar e o canto dos pássaros parece só mais um dos muitos barulhos que temos que suportar.
Dias felizes nos dão tudo, mas são os dias tristes que são poéticos.
Em dias de luz eu não me dou muito ao desconforto de pensar sobre TUDO, as coisas deixam de ser QUESTÕES e, de certa forma, basto a mim mesmo. Contudo, devo confessar, com certa hesitação, que prefiro os dias tristes poéticos. Onde tudo é uma questão!
Há tempos que não sinto um bom dia triste, pois, quisera os dias se alternassem em tristes e felizes; entre dias tristes e felizes existem os dias aborrecidos, enorme maioria, onde nem paciência de olhar espelho eu tenho e tenho vontade de atirar em pássaros e pisar em flores. Dias aborrecidos são, em geral, ensolarados, pois nada como o calor para aborrecer.
Dias tristes, felizes, aborrecidos... muitas formas de encararmos situações, pois eles podem ser só chatos, desequilibrados, deprimentes (diferentes dos tristes), insuportáveis... dias são assim, reflexos de nossa percepção... ao menos é o que percebo comigo! Hoje o dia amanheceu triste, e por isso poético, mas se encaminhou para aborrecido. Espero terminá-lo entre o feliz e o triste.
Desse jeito... assim mesmo!
*a tirinha é do site http://www.umsabadoqualquer.com/
Ney concordo com tudo que disseste, mas o nosso grande desafio talvez seja esse, tentar emocionar-nos com a alegria. Os dias de alegria não são poéticamente produtivos, pois se vive-os poéticamente.
ResponderExcluirSó não concordo com uma coisa: nunca me senti em um musical Disney.
=)
A propósito, comprei uma maquina de datilografar. É muito bom escrever nela... terapêutico. Deverias tentar.
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