7.7.11

Um amor meu...

[reeditando um poema]
Um amor, para que eu o chame de meu...

Un amore, perché io lo chiame mio...

Só tem que me amar, não louca ou cegamente,

Bisogna soltanto amarmi, non pazza e cecamente,

Mas sincera e apaixonadamente;

Ma sincera ed appassionatamente;

Tem que ter riso fácil, alegria espontânea, que vem da alma;

Bisogna avere riso facile, gioia espontanea; que sorge dell’anima;

Tem que saber perder, mas tem que querer ganhar

Bisogna sapere perdere, ma deve voler vincere

(nem no amor a mediocridade é permitida – que ela chegue sem convite);

(neanche nell’amore la mediocrità ci è permessa – che lei arrivi senza l’invito);

Deve comprazer-se com o belo,

Bisogna compiacersi con il bello,

A beleza é a essência de todo amor,

La bellezza è l’esenza dell’amore,

(mas precisa respeitar e reconhecer o propósito de tudo);

(ma bisogna respettare e riconoscere il proposito di tutto);

Um amor pra eu chamar de meu,

Un amore perché io lo chiame di mio,

Tem que saber olhar nos olhos e ver reflexos da alma;

Bisogna sapere guardare negli occhi e vedere i riflessi dell’anima;

Mas para ser meu mesmo, tem só que querer...

Ma per esse mio veramente, bisogna soltanto voler...

Depois venha abraçar-me,

Dopo venga abbracciarmi,

Serei teu também.

Sarei tuo anch'io.

Mais uma definição...

Falando de mim...


O tempo passa, e passa em uma velocidade absurda... com o passar do tempo mudamos, nos transformamos... e esse sou eu hoje!


Acho meu nome horroroso e odeio saber que foi uma promessa que vou ter que pagar... sou filho único, mas tenho notícia de outros 6 irmãos, não tenho a família que escolhi, mas escolho quem considerar da família. Gosto de estudar (to descobrindo que é a única coisa que sei fazer - ou achava que sabia), mas só estudo bem o que gosto e isso é muito ruim. Tenho muitos sonhos e muita força pra realizá-los, contudo, se as coisas se mostram muito difíceis tendo a desistir;

Fé muita, eu tenho pouca, mas sou um homem que crê no homem, e o ceticismo vive nas cercanias da minha alma (entendam a palavra alma aqui utilizada). Tenho uma alma inquieta, sou pouco objetivo e não suporto palavras que violentamente saem da boca (por exemplo: bilhão, trilhão etc.).

Vivo desturbadamente feliz;
Amo meus amigos, e gosto de saber que eles sabem disso; gosto muito de ler, mas o tempo e, acho, a maturidade, me deixaram muito seletivo, há coisas que simplesmente não considero literatura, não me importando se quem escreveu é ou não imortal da ABL ou considerado clássico.

Sou um viciado por cinema. Odeio pessoas que odeiam muitas coisas (e me odeio por odiar essas pessoas que odeiam); gosto de poesia e acho que todos os meus amigos deveriam ler minhas composições (isso é sério, mas eu entendo os que não querem nem ouvir falar).

Sou daqueles que briga por muito pouco (que o digam os cobradores de ônibus de Belém), mas sei pedir desculpas e não tenho problemas com isso; contudo, tenho pedido, dia após dia, a disposição pra discutir. Não gosto de injustiças, e, por conseguinte, não gosto de me sentir injustiçado.

Escrevo mensagens de telefone sem abreviações, com pontos e gosto de mim por isso, não gosto de separar o lixo, mas faço; não gosto de tomar banho frio, mas tomo; não como pepino nem pra fazer bem pra pele; acho que gente que fala imitando criança merece 30 chibatadas em praça pública, assim como os que "dão-se, sempre, ao jeitinho".

Amo correr na chuva, amo escrever cartas e também poesia; adoro fazer massas para os amigos e meu macarrão não gruda e meu molho dificilmente fica ácido.

Não li todos os livros que tenho e não tenho todos os livros que gostaria de ter... Bem, isso basta... Até porque não acredito que alguém vai ler tudo mesmo. E se quiser saber mais é só perguntar, eu sempre respondo perguntas, por mais sem respostas que elas sejam.

Acredito nos sonhos e em pessoas que tenham forças de sonhar...

3.7.11

Sobre o desafio de cada um...

Acabei de ver uma série no Fantástico que se chama Planeta Extremo, e chorei litros. Já disse isso outras vezes: não crendo em deus, e no mágico e maravilhoso, resta-me crer nos homens; acredito em cada singular ser humano e em duas capacidades, creio na capacidade de escolha que tem casa um de meus pares, dou crédito aos que, com suas escolhas, não cerceiam as escolhas alheias.

Mas qual o porquê de toda minha emoção vendo a tal série? Vi pessoas, com motivações diversas, buscarem a superação. Depois de 42 ou 100 km, correndo a temperaturas baixíssimas e em um lugar onde nem insetos sobrevivem, não resta provar nada a ninguém senão a si mesmo, resta superar medos e limites físicos. Um dos participantes sentenciou uma frase, que bem poderia inspirar livros de auto-ajuda, que chamou minha atenção: a dor é passageira, desistir é pra sempre.

Todos temos limites a superar, todos queremos fazer coisas que julgamos difíceis, por vezes impossíveis. Enquanto seres humanos, diferentes em nossas singularidades, temos limites diversos; para alguns, correr 42 km não é um limite, posto que não é nem mesmo uma possibilidade, mas comprar menos, pedir desculpas, não sair naquela noite, largar um vício, dizer eu te amo, e tantos outros itens, neste elenco de coisas que faz o viver moderno, sim que são limites a superar...

O meu limite atual é a conclusão de meus trabalhos acadêmicos, o meu limite a superar é conseguir ler 100 páginas em 6 horas e depois escrever, ora 7.500 palavras, ora 2.500... Eu deveria ser um atleta desta competição, onde eu devo vencer a mim mesmo, intelectual, deveria ter treinado, mas, imprevidente, parto para o desafio só com a vontade e a esperança, coisas que para um cético, nem fica bem dizer...

Superar desafios, superar-se, é próprio da humanidade... e, fazendo parte desta, vou-me a superar este que sou eu!