3.7.11

Sobre o desafio de cada um...

Acabei de ver uma série no Fantástico que se chama Planeta Extremo, e chorei litros. Já disse isso outras vezes: não crendo em deus, e no mágico e maravilhoso, resta-me crer nos homens; acredito em cada singular ser humano e em duas capacidades, creio na capacidade de escolha que tem casa um de meus pares, dou crédito aos que, com suas escolhas, não cerceiam as escolhas alheias.

Mas qual o porquê de toda minha emoção vendo a tal série? Vi pessoas, com motivações diversas, buscarem a superação. Depois de 42 ou 100 km, correndo a temperaturas baixíssimas e em um lugar onde nem insetos sobrevivem, não resta provar nada a ninguém senão a si mesmo, resta superar medos e limites físicos. Um dos participantes sentenciou uma frase, que bem poderia inspirar livros de auto-ajuda, que chamou minha atenção: a dor é passageira, desistir é pra sempre.

Todos temos limites a superar, todos queremos fazer coisas que julgamos difíceis, por vezes impossíveis. Enquanto seres humanos, diferentes em nossas singularidades, temos limites diversos; para alguns, correr 42 km não é um limite, posto que não é nem mesmo uma possibilidade, mas comprar menos, pedir desculpas, não sair naquela noite, largar um vício, dizer eu te amo, e tantos outros itens, neste elenco de coisas que faz o viver moderno, sim que são limites a superar...

O meu limite atual é a conclusão de meus trabalhos acadêmicos, o meu limite a superar é conseguir ler 100 páginas em 6 horas e depois escrever, ora 7.500 palavras, ora 2.500... Eu deveria ser um atleta desta competição, onde eu devo vencer a mim mesmo, intelectual, deveria ter treinado, mas, imprevidente, parto para o desafio só com a vontade e a esperança, coisas que para um cético, nem fica bem dizer...

Superar desafios, superar-se, é próprio da humanidade... e, fazendo parte desta, vou-me a superar este que sou eu!

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