Listar é quase um dever de ofício pra mim, eu adoro listas... faço sem nem sentir e quando vejo lá estão, como um oráculo de mim para eu mesmo... faço listas mesmo se jamais consegui obrigar-me a segui-las, elenco mesmo se não me atenho à ordens. As listas são como que uma tentativa de ajustar e dar ordem a um caos perpetuado; elas simplesmente fazem bem pra minha consciência. E, fato notório, quando consigo “ticar” mais que 50% de uma lista, fico com a égua lavada, com a sensação máxima de esforço recompensado (mesmo que tenha sido só o esforço de ter tentado). Quando não listo as coisas, me esqueço, faço coisas que precisavam de pré-requisitos (que coisa mais odiosa que fazer uma coisa que precisa ser antecedida por algo que simplesmente nos esquecemos por falta de lista?), não me atenho às prioridades, faço merda.
Acho que a época mais legal de todas pra fazer listas é o fim de ano... os elencos deste período viram promessas que prometem mudar rumos de histórias tragicamente consagradas e eu gosto muito de ler as relações alheias.
Cá vos dou a conhecer um rol de “promessas” minhas para 2012:
Começar a fazer uma atividade física em uma academia, por mais odioso que isso pareça e por mais absurdo que seja, pagar pra levantar peso e compartilhar aparelhos suados por gente que não se me apetece;
Escrever ao menos um artigo a cada 3 meses (seriam no mínimo 4 no ano todo), mesmo que os parecistas destas revistas pedantes continuem dizendo que eu não sei o significado da palavra parnasiano;
Gastar menos dinheiro do que eu ganho, por que não adianta querer ter dinheiro se ele não dura o suficiente para me dar segurança financeira nas emergências;
Estudar inglês com afinco, por que, gostando ou não, tenho que ter fluência nesta droga se me pretendo um arqueólogo (e chega de matar os últimos pandas com os efeitos colaterais do meu ódio todas as vezes que tenho que ler vários textos em inglês);
Fazer gnochi para alguém que me pedir, mesmo se eu não gosto desta massa e ter prometido só fazer no meu casamento;
Não pensar em voz alta sobre casamento e adoção de filhos (mas até o ano acabar, vou falar tanto nisso que tenho até pena dos meus interlocutores diários);
Amar... essa promessa não tem senão, eu quero ter disposição para amar, com toda a força, com toda a vontade, com todo o desejo.
E vocês, amigos amores, o que listam para o ano que se aproxima? Compartilhem...