Uma conversa em um maio de um ano, promessas de férias, viagem aos confins nunca dantes vistos. Três que se amam, transformam-se em quatro e depois em cinco. Destinos certos, viagem por meios incertos. Eis mais um encontro envolvendo gente.
Eu acho que a vida é feita de encontros, cheios de desencontros; não, isso não é original, isso não é de minha autoria, mas é uma verdade hoje: pessoas “se” encontram, gente encontra gente. O que fazemos depois do primeiro e dos muitos encontros vai definindo qual relação teremos, como nos veremos, de que forma faremos parte uns das vidas dos outros.
Os encontros chegam a ser inevitáveis, mas criar laços é uma decisão de cada pessoa. Nós, individualmente, escolhemos quem vai fazer parte de nossas vidas, ESCOLHEMOS, quem nos fará rir de alegria e contristar nossos corações com a ausência. E, ao cativarmos, nos tornamos responsáveis por elas, pois nos tornamos parte delas.
Um dia, anos fazem, gente que encontra gente, movidos quem sabe porque sortilégio desta vida, em um prédio simples de uma cidade simplória, em circunstâncias vulgares por sua singeleza e naturalidade, encontraram-“se”; a missão era ensinar, mas a tarefa foi mal interpretada e assumida com displicência, e a missão converteu-se em afeição: não mais ensinar, mas cativar e tornar-se responsáveis uns pelos outros.
Até onde iremos? O que nos move? Bem, essas respostas não estão ao nosso alcance. A nós foi dada a capacidade de continuar escolhendo, pois de escolhas a vida é feita. Cada escolha tem seu preço e nós somos responsáveis por aquilo que escolhemos.
Há quem passe a vida à procura da felicidade, o problema é que as pessoas, em sua maioria, não sabem bem o que querem, e usam a palavra felicidade para resumir seus anseios, elas não querem felicidade, elas querem a capacidade de escolher bem, de escolher com sabedoria e de não arrepender-se de suas escolhas. Cada escolha tem sua implicação, o dom de escolher é o que nos distingue, e a capacidade de poder arcar com nossas escolhas nos torna mais ou menos forte.
Não, não quero a pura e simples felicidade, quero a capacidade de escolher com coragem, de resistir à tentação, nobre, de permitir que outros escolham por mim. Hoje como hoje, quando se fala no mais e no menos, eu não penso ser capaz de arcar com minhas escolhas, sou demasiado, mas resisto à tentação.
Há coisas, e tempos e espaços, que não precisão de comprovação, mas somos humanos, como diria o atormentado filosofo-poeta, demasiado humanos, e a tudo submetemos testes; provar é nossa busca mais irritante e infundada, pois, buscando, esquecemos de simplesmente sentir... eu seguirei, sem mais querer provar, mas sendo sempre irritante e infundado.
Nestes dias onde “Amados e felizes”, foi tanto substantivo, quanto adjetivo, eu senti, mas sem me conformar, busquei a prova: sentimentos não devem ser postos à prova, não sabemos mensurar as respostas, eles acabam por confundir o que já era claro e simples, e por isso, bonito e sincero.
Eu já disse que de encontros e escolhas a vida é feita: pois bem, eu vos encontrei e vos escolho, não para o futuro, pois nem sei o que isso significa mesmo, mas para agora, para este tempo, para continuar fazendo parte de minha vida, para fazer parte de suas vidas.
Ainda hoje, de maneiras que não sei explicar, nos encontramos, com anseios diferentes, mas ainda nos escolhemos.
Vos amo...
Bem, como uma das escolhidas e uma das que escolheu, e melhor ainda uma AMADA E FELIZ, fico mais feliz ainda de ver o quanto conseguimos inscrever um na alma do outro. Sem carecer pensar o que possa ser o amor e o que venha a ser a felicidade (fruto de tantas elocubrações racionais), AMADOS E FELIZES, foi um estado d´alma, foi sentido. Nem lembro bem como foi assim nominado. Não lembro porque não passou pela cabeça e sim saio do coração. É um sentido! Um sentido a mais para a vida de cada um!!!!!! Te amo AMADO NEY... e obrigada pelo registro e por cada momento.
ResponderExcluirÉ ney, mais do que antes estamos em sintonia. Fuçando um pouco o teu blog descobri que nos imitamos regularmente. Senão a mesma métrica, o mesmo estilo, a mesma forma, o tema pouco ou quase nada se distingue. Abraços. Muito bom este texto.
ResponderExcluirAmigo Edu... contar contigo é um alívio neste mundo de meu deus...
ResponderExcluirQuerida Amada... viver vale a "pena" porque consigo amar... e consigo amar porque tenho pessoas como você na minha vida...
que boa foto!
ResponderExcluirale