29.12.09

Sobre a vilania da raposa e a presunção de inocência do Príncipe

Os mitos nos são caros... desde que decidimos acordar a vida em sociedade, construímos modelos, analisamos possibilidades. Minha história com O Pequeno Príncipe começa com a idéia de um modelo a seguir, de uma forma de agir: o essencial é invisível aos olhos! Somos, eternamente, responsáveis por quem cativamos.

Há o que não se desenvolve por puro instinto, e penso ser a amizade uma destas coisas; amizade requer tempo, paciência, doação e reciprocidade. Mas esta é sempre uma idéia pessoal.

Ainda analisando as relações de amizade usando como parâmetro a proposta da Raposa ao Pequeno Príncipe, duas coisas ainda me ocorrem:
A vilania inata da raposa e a presunção de inocência do príncipezinho.

A Raposa exige? É ela a medida do seu amor? Porque ela quer ser cativada (e aqui cabem considerações sobre a tradução da palavra "apprivoiser" - no francês - que pode significar também domesticar)?

O Príncipe não sabe e pergunta repetidas vezes o que significa cativar, ao que a Raposa diz que significa criar laços; ele já tinha ouvido, em suas viagens, outros conceitos e muitas vezes não se convenceu, ele intui que foi cativado pela sua Rosa ele decide criar laços com a raposa, que será sempre uma raposa, um animal que prefere ser domesticado, cativado, a ter que ser caçado e virar casaco.

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